Educar....

Educar é realizar a mais bela e complexa arte da inteligência.
Educar é acreditar na vida, mesmo que derramemos lágrimas.
Educar é ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos decepcionem no presente.
Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.
Educar é ser um garimpeiro que procura os tesouros do coração.

In: Prefácio do livro Pais brilhantes, professores fascinantes, de Augusto Jorge Cury

Ser professor é...

Professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena se o
aluno sentir-se feliz pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou...
É consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única e original...
É entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma, transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...
É importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que
necessita de atenção, amor e cuidado.
É ter a capacidade de "sair de cena, sem sair do espetáculo".
É apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés..
É ser mãe, pai, irmão, avô,
É ser ciência, paciência.
É ser ação, é ser bússola, é ser farol.
É ser luz, é ser sol.
É ser artista, malabarista, pintor, escultor, doutor, musicólogo, psicólogo..

sábado, 30 de maio de 2009

AVALIAÇÃO ESCOLAR: LIMITES E POSSIBILIDADES

AVALIAÇÃO ESCOLAR: LIMITES E POSSIBILIDADES
CLARILZA PRADO DE SOUZA[1]


A avaliação escolar, também chamada avaliação do processo ensino-aprendizagem ou avaliação do rendimento escolar, tem como dimensão de análise o desempenho do aluno, do professor e de toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar. Sua principal função é subsidiar o professor, a equipe escolar e o próprio sistema no aperfeiçoamento do ensino. Desde que utilizada com as cautelas previstas e já descritas em bibliografia especializada, fornece informações que possibilitam tomar decisões sobre quais recursos educacionais devem ser organizados quando se quer tomar o ensino mais efetivo. É, portanto, uma prática valiosa, reconhecidamente educativa, quando utilizada com o propósito de compreender o processo de aprendizagem que o aluno está percorrendo em um dado curso, no qual o desempenho do professor e outros recursos devem ser modificados para favorecer o cumprimento dos objetivos previstos e assumidos coletivamente na Escola. O processo avaliativo parte do pressuposto de que se defrontar com dificuldades é inerente ao ato de aprender. Assim, o diagnóstico de dificuldades e facilidades deve ser compreendido não como um veredito que irá culpar ou absolver o aluno, mas sim como uma análise da situação escolar atual do aluno, em função das condições de ensino que estão sendo oferecidas. Nestes termos, são questões típicas de avaliações: • Que problemas o aluno vem enfrentando? • Por que não conseguiu alcançar determinados objetivos? • Qual o processo de aprendizagem desenvolvido? • Quais os resultados significativos produzidos pelo aluno? A avaliação tem sido utilizada muitas vezes de forma reducionista, como se avaliar pudesse limitar-se à aplicação de um instrumento de coleta de informações. É comum ouvir-se "Vou fazer uma avaliação", quando se vai aplicar uma prova ou um teste. Avaliar exige antes, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles referentes à coleta de dados. Além disso, o processo avaliativo não se encerra com este levantamento de informações, as quais devem ser comparadas com os critérios e julgadas a partir do contexto em que foram produzidas. Somente assim elas poderão subsidiar o processo de tomada de decisão quanto a que medidas devem ser previstas para aperfeiçoar o processo de ensino, com vistas a levar o aluno a superar suas dificuldades. A avaliação tem sido limitada também pela hipertrofia que o processo de atribuição de notas ou conceitos assumiu na administração escolar. Definir através de nota ou conceito as dificuldades e facilidades do aluno á apenas um recurso simplificado que identifica a posição do aluno em uma escala. Usado com precaução, este recurso não deveria produzir efeitos colaterais indesejáveis. Contudo, acreditar, por exemplo, que uma nota 6 ou um conceito C possa, por si, explicar o rendimento do aluno e justificar uma decisão de aprovação ou reprovação, sem que se analisem o significado desta nota no processo de ensino, as condições de aprendizagem oferecidas, os instrumentos e processos de coleta de dados empregados para obtenção de tal nota ou conceito, a relevância deste resultado na continuidade da programação do curso, é reduzir de forma inadequada o processo avaliativo; é, sobretudo, limitar a perspectiva de análise do rendimento do aluno e a possibilidade do professor em compreender o processo que coordena em sala de aula. Reações Adversas e Efeitos Colaterais: Pesquisas realizadas na área têm demonstrado conseqüências psicológicas e sociais adversas em função do uso da avaliação de forma classificatória, punitiva s autoritária. A avaliação, quando apenas praticada de modo classificatório, supõe ingenuamente que se possa realizar esta atividade educativa de forma neutra, como se não estivessem implícitos a concepção de Homem que se quer formar e o modelo de sociedade que sequer construir em qualquer prática educativa. A classificação cristaliza e estigmatiza um momento da vida do aluno, sem considerar que ele se encontra em uma fase de profundas mudanças. É uma forma unilateral e, portanto, autoritária, que não considera as condições que foram oferecidas para a aprendizagem. Pune justamente aqueles alunos que, por sofrerem uma situação social adversa, necessitam de que a Escola lhes proporcione meios adequados que minimizem suas dificuldades de aprendizagem. A avaliação apenas como instrumento de classificação tende a descomprometer a equipe escolar com o processo de tomada de decisão para o aperfeiçoamento do ensino, que é a função básica da avaliação. Precauções: A avaliação escolar não deve ser empregada quando não se tem interesse em aperfeiçoar o ensino e, conseqüentemente, quando não se definiu o sentido que será dado aos resultados da avaliação. A avaliação escolar exige também que o professor tenha claro, antes de sua utilização, o significado que ele atribui a sua ação educativa. Contra-Indicações: A avaliação é contra-indicada como único instrumento para decidir sobre aprovação e reprovação do aluno. O seu uso somente para definir a progressão vertical do aluno conduz a reduções e descompromissos. A decisão de aprovação ou retenção do aluno exige do coletivo da Escola uma análise das possibilidades que essa Escola pode oferecer para garantir um bom ensino. A avaliação escolar também é contra-indicada para fazer um diagnóstico sobre a personalidade do aluno, pois sua abrangência limita-se aos objetivos do ensino do programa escolar. A avaliação escolar é contra-indicada para fazer prognóstico de sucesso na vida. Contudo, o seu mau emprego pode expulsar o aluno da Escola, causar danos em seu autoconceito, impedir que ele tenha acesso a um conhecimento sistematizado e, portanto, restringir a partir daí, suas oportunidades de participação social. Indicações: A avaliação escolar é indicada a professores interessados no aperfeiçoamento pedagógico de sua atuação na Escola. É fundamental sua utilização para indicar o alcance ou não dos objetivos de ensino. Recomenda-se então sua aplicação não só para diagnosticar as dificuldades e facilidades do aluno, como, principalmente, para compreender o processo de aprendizagem que ela está percorrendo. Utilizada de forma transparente e participativa, permite também ao aluno reconhecer suas próprias necessidades, desenvolver a consciência de sua situação escolar e orientar seus esforços na direção dos critérios de exigência da Escola. Posologia: A avaliação deve ser utilizada com o apoio de múltiplos instrumentos de coleta de informações, sempre de acordo com as características do plano de ensino, isto é, dos objetivos que se está buscando junto ao aluno. Assim, conforme o tipo de objetivo, podem ser empregados trabalhos em grupos e individuais, provas orais e escritas, seminários, observação de cadernos, realização de exercícios em classe ou em casa e observação dos alunos em classe. Não restrinja o levantamento de informações para realização da avaliação ao final de um bimestre letivo. Informações descontinuadas e distanciadas umas das outras podem modificar a sintomatologia do aluno e do professor quanto a condições de aprendizagem e ensino. Após a obtenção das informações, analise-as de acordo com os critérios preestabelecidos, com as condições de ensino oferecidas, e tome as decisões que julgar satisfatórias para a melhoria da qualidade da Educação Escolar. Texto disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/int_ªphp?t=018. [1] Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP.

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terça-feira, 26 de maio de 2009

AVALIAÇÃO PARA QUE

AVALIAÇÃO PARA QUE
Vera Lúcia Camara Zacharias


Segundo nossas observações que são confirmadas por muitos autores, podemos responder à pergunta título deste artigo, apontando, que de modo geral serve: para classificar, castigar, definir o destino dos alunos de acordo com as normas escolares. Pode-se afirmar que a avaliação tem assumido, e já há muito tempo, uma função seletiva, uma função de exclusão daqueles que costumam ser rotulados “menos capazes, com problemas familiares, com problemas de aprendizagem, sem vontade de estudar, sem assistência familiar” e muitos outros termos parecidos. De acordo com Luckesi (1999), a avaliação que se pratica na escola é a avaliação da culpa. Aponta, ainda, que as notas são usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos, onde são comparados desempenhos e não objetivos que se deseja atingir. Os currículos de nossas escolas têm sido propostos para atender a massificação do ensino. Não se planeja para cada aluno, mas para muitas turmas de alunos numa hierarquia de séries, por idades mas, esperamos de uma classe com 30 ou mais de 40 alunos, uma única resposta certa. Segundo Perrenoud (2000), normalmente, define-se o fracasso escolar como a conseqüência de dificuldades de aprendizagem e como a expressão de uma “falta objetiva” de conhecimentos e de competências. Esta visão que “naturaliza” o fracasso, impede a compreensão de que ele resulta de formas e de normas de excelência que foram instituídas pela escola, cuja execução revela algumas arbitrariedades, entre as quais a definição do nível de exigência do qual depende o limiar que separa aqueles que têm êxito daqueles que não o têm. As formas de excelência que a escola valoriza, se tornam critérios e categorias que incidem sobre a aprovação ou reprovação do aluno. Continua Perrenoud: as classificações escolares refletem às vezes, desigualdades de competências muito efêmeras, logo não se pode acreditar na avaliação da escola. O fracasso escolar só existe no âmbito de uma instituição que tem o poder de julgar, classificar e declarar um aluno em fracasso. É a escola que avalia seus alunos e conclui que alguns fracassam. O fracasso não é a simples tradução lógica de desigualdades reais. O fracasso é sempre relativo a uma cultura escolar definida e, por outro lado, não é um simples reflexo das desigualdades de conhecimento e competência, pois a avaliação da escola, põe as hierarquias de excelência a serviço de suas decisões. O fracasso é assim, um julgamento institucional. A explicação sobre as causas do fracasso passará obviamente pela reflexão de como a escola explica e lida com as desigualdades reais. O universo da avaliação escolar é simbólico e instituído pela cultura da mensuração, legitimado pela linguagem jurídica dos regimentos escolares, que legalmente instituídos funcionam como uma vasta rede e envolvem totalmente a escola (LÜDKE; André, M.1986). Temos ciência de que esta exclusão no interior da escola não se dá apenas pela avaliação e sim pelo currículo como um todo (objetivos, conteúdos, metodologias, formas de relacionamento, etc.). No entanto, além do seu papel específico na exclusão, a avaliação classificatória acaba por influenciar todas as outras práticas escolares. O que significa em termos de avaliação um aluno ter obtido nota 5,0 ou média 5,0? E o aluno que tirou 4,0? O primeiro, na maioria das escolas está aprovado, enquanto o segundo, reprovado. O que o primeiro sabe é considerado suficiente. Suficiente para que? E o que ele não sabe? O que ele deixou de “saber” não pode ser mais importante do que o que ele “sabe”? E o que o aluno que tirou 4,0 “sabe” não pode ser mais importante do que aquilo que não “sabe”? Acreditar que tais notas ou conceitos possam por si só explicar o rendimento do aluno e justificar uma decisão de aprovação ou retenção, sem que sejam analisados o processo de ensino-aprendizagem, as condições oferecidas para promover a aprendizagem do aluno, a relevância deste resultado na continuidade de estudos, é, sobretudo, tornar o processo avaliativo extremamente reducionista, reduzindo as possibilidades de professores e alunos tornarem-se detentores de maiores conhecimentos sobre aprendizagem e ensino. A avaliação, unicamente, “medida”, ranço do positivismo, mais oculta e mistifica do que mostra, ou aponta aquilo que deve ser retomado, ser trabalhado novamente e de outra forma, o que é imprescindível que o aluno conheça. Também não podemos nos esquecer dos instrumentos utilizados para avaliar (confundida com mensuração), que fundamentam este processo decisório e necessitam de questionamentos, não só quanto a sua elaboração, mas, quanto à coerência e adequabilidade com o que foi trabalhado em sala de aula e o modo com que o que vai ser avaliado foi trabalhado. Avaliar exige, antes que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles referentes à coleta de dados, comparados e postos em cheque com o contexto e a forma em que foram produzidos. Para Hadji (2001), a passagem de uma avaliação normativa para a formativa, implica necessariamente uma modificação das práticas do professor em compreender que o aluno é, não só o ponto de partida, mas também o de chegada. Seu progresso só pode ser percebido quando comparado com ele mesmo: Como estava? Como está? As ações desenvolvidas entre as duas questões compõem a avaliação formativa. A função nuclear da avaliação é ajudar o aluno a aprender e ao professor, ensinar. (Perrenoud, 1999), determinando também quanto e em que nível os objetivos estão sendo atingidos. Para isso é necessário o uso de instrumentos e procedimentos de avaliação adequados. (Libâneo, 1994, p.204). O valor da avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de seus avanços e dificuldades. Cabe ao professor desafiá-lo a superar as dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos. (Luckesi, 1999). No entender de Luckesi (1999, p.43) “para não ser autoritária e conservadora, a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”. Na página 44, coloca o autor “a avaliação deverá verificar a aprendizagem não só a partir dos mínimos possíveis, mas a partir dos mínimos necessários”[1]. Enfatiza também a importância dos critérios, pois a avaliação não poderá ser praticada sob dados inventados pelo professor, apesar da definição desses critérios não serem fixos e imutáveis, modificando-se de acordo com a necessidade de alunos e professores. Modificar a forma de avaliar implica na reformulação do processo didático-pedagógico, deslocando também a idéia da avaliação do ensino para a avaliação da aprendizagem. Saviani, (2000, p.41), afirma que o caminho do conhecimento “É perguntar dentro da cotidianidade do aluno e na sua cultura; mais que ensinar e aprender um conhecimento, é preciso concretizá-lo no cotidiano, questionando, respondendo, avaliando, num trabalho desenvolvido por grupos e indivíduos que constroem o seu mundo e o fazem por si mesmos”. “O importante não ‘é fazer como se’ cada um houvesse aprendido, mas permitir a cada um aprender”[2]. (Perrenoud, p. 165, 1999). Avaliar deve servir para cada vez mais permitir a cada um aprender! Referências Bibliográficas: HADJI, C. Avaliação demistificada. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. LIBÂNEO, J.C. Didática. 15.ed. São Paulo: Cortez, 1999. LUCKESI. C.C.Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed.São Paulo: Cortez, 1999. LüDKE, M;. André, M.E.D A. pesquisa em educação: abordagens qualitativas.6.ed.São Paulo: EPU, 1986 Perrenoud, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999. _________. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000. Saviani. D. Saber escolar, currículo e didática. 3.ed.Campinas: Autores Associados, 2000. Vera Lúcia Camara Zacharias é mestre em Educação, Pedagoga, consultora educacional, assessora diversas instituições, profere palestras e cursos, criou e é diretora do CRE. Enviar para o Twitter

segunda-feira, 25 de maio de 2009

OUSE VOAR


OUSE VOAR

O passo a mais que damos a cada caminhada é o que nos coloca mais próximos de tudo o que ainda podemos ser.
A tentativa além, um pouco a mais além , de todas as que já fizemos é a que mais claramente revelado do que somos capazes, até onde podemos chegar.
Quantos de nós nos entregamos antes mesmo de tentar. Pela simples dificuldade de perceber que é possível ultrapassar o limite do círculo que em torno de nós, ao longo da vida, traçamos.
Quantas vezes estivemos na eminência de girar a maçaneta da porta que nos levaria da escuridão à claridade e não o fizemos simplesmente por não aceitar o impulso livre, soberano e intuitivo que conduzia nossas mãos a girar, por não acreditar na liberdade e na própria intuição?
Quantas vezes você ouviu seu coração? Sem temer, sem limitar, sem pré conceber e sem pré julgar, sem se prender, deixando-se levar pelo prazer de descobrir, correr riscos e realizar, voar mais alto.
Pobre quem põe a nuvem do medo diante dos olhos.
Que prefere fugir sem se dar o direito de praticar o sonho.
Tem aquele que sem saber que era impossível, foi lá e fez.
O verdadeiro poder é de quem ousa!!
Esta é a sua vez.


Então amigo(a)...

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A Canoa

A Canoa


Em um largo rio, de difícil travessia, havia
um barqueiro que atravessava as pessoas
de um lado para o outro. Em uma das viagens,
iam um advogado e uma professora. Como quem
gosta de falar muito, o advogado pergunta ao
barqueiro: Companheiro, você entende de leis?
Não, respondeu o barqueiro.
E o advogado compadecido: É pena, você
perdeu metade da vida.
A professora muito social, entra na conversa:
Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
Também não, respondeu o barqueiro.
Que pena! Condói-se a mestra - Você perdeu metade
de sua vida! Nisso chega uma onda bastante forte e
vira o barco. O barqueiro preocupado, pergunta:
Vocês sabem nadar?
NÃO! Responderam eles rapidamente.
Então é uma pena - Conclui o barqueiro. Vocês perderam
toda a vida.

Não há saber maior ou saber menor.
Há saberes diferentes.
PAULO FREIRE

Pense nisso e valorize todas as pessoas
com as quais tenha contato.
Cada uma delas tem algo de diferente para ensinar..
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DOIS REMOS

DOIS REMOS
"Um viajante ia caminhando às margens de um grande rio.
Seu objetivo era chegar à outra margem.
Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte.
A voz de um homem de idade, um barqueiro, quebrou o silêncio, oferecendo-se para transportá-lo.
O pequeno barco envelhecido era provido de dois remos de carvalho.
Logo os seus olhos perceberam o que pareciam ser letras em cada remo.
Ao colocar os pés dentro do barco o viajante observou que eram duas palavras.
Num dos remos estava escrito Acreditar e no outro Agir.
Curioso, o viajante perguntou a razão daquelas palavras nos remos.
O barqueiro então pegou o remo chamado Acreditar e começou a remar.
O barco começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava.
Em seguida, pegou o remo chamado Agir e começou a remar.
Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente o velho barqueiro, segurando os dois remos, remou com eles simultaneamente, e o barco, então, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas, chegando ao outro lado do rio.
Então, o barqueiro disse ao viajante:— Este porto se chama autoconfiança.
É preciso Acreditar e também Agir para que possamos alcançá-lo".
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O QUE É MESMO O ATO DE AVALIAR A APRENDIZAGEM?

O QUE É MESMO O ATO DE AVALIAR A APRENDIZAGEM?
Cipriano Carlos Luckesi


Antes de mais nada, uma disposição psicológica necessária ao avaliador. O ato de avaliar, devido a estar a serviço da obtenção do melhor resultado possível, antes de mais nada, implica a disposição de acolher. Isso significa a possibilidade de tomar uma situação da forma como se apresenta, seja ela é satisfatória ou insatisfatória, agradável ou desagradável, bonita ou feia. Ela é assim, nada mais. Acolhê-la como está é o ponto de partida para se fazer qualquer coisa que possa ser feita com ela. Avaliar um educando implica, antes de mais nada, acolhê- lo no seu ser e no seu modo de ser, como está, para, a partir daí, decidir o que fazer. A disposição de acolher está no sujeito do avaliador, e não no objeto da avaliação. A disposição para acolher é, pois, o ponto de partida para qualquer prática de avaliação. É um estado psicológico oposto ao estado de exclusão, que tem na sua base o julgamento prévio. O julgamento prévio está sempre na defesa ou no ataque, nunca no acolhimento. A disposição para julgar previamente não serve a uma prática de avaliação porque exclui. Para ter essa disposição para acolher, importa estar atento a ela. Não nascemos naturalmente com ela, mas sim a construímos, a desenvolvemos, estando atentos ao modo como recebemos as coisas. Se antes de ouvirmos ou vermos alguma coisa já estamos julgando, positiva ou negativamente, com certeza, não somos capazes de acolher. A avaliação só nos propiciará condições para a obtenção de uma melhor qualidade de vida se estiver assentada sobre a disposição para acolher, pois é a partir daí que podemos construir qualquer coisa que seja. POR UMA COMPREENSÃO DO ATO DE AVALIAR Assentado no ponto de partida acima estabelecido, o ato de avaliar implica dois processos articulados e indissociáveis: diagnosticar e decidir. Não é possível uma decisão sem um diagnóstico, e um diagnóstico sem uma decisão é um processo abortado. O ato de avaliar, como todo e qualquer ato de conhecer, inicia-se pela constatação, que nos dá a garantia de que o objeto é como é. Não há possibilidade de avaliação sem a constatação. A constatação oferece a “base material” para a segunda parte do ato de diagnosticar, que é qualificar, ou seja, atribuir uma qualidade, positiva ou negativa, ao objeto que está sendo avaliado. Entretanto, essa qualificação não se dá no vazio. Ela é estabelecida a partir de um determinado padrão, de um determinado critério de qualidade que temos, ou que estabelecemos, para este objeto. Desde que diagnosticado um objeto de avaliação, ou seja, configurado e qualificado, há algo, obrigatoriamente, a ser feito: uma tomada de decisão sobre ele. O ato de qualificar, por si, implica uma tomada de posição – positiva ou negativa – que, por sua vez, conduz a uma tomada de decisão. Caso um objeto seja qualificado como satisfatório, o que fazer com ele? Caso seja qualificado como insatisfatório, o que fazer com ele? O ato de avaliar não é um ato neutro que se encerra na constatação. Ele é um ato dinâmico que implica a decisão de “o que fazer”. Sem este ato de decidir, o ato de avaliar não se completa. Ele não se realiza. Chegar ao diagnóstico é uma parte do ato de avaliar. A situação de “diagnosticar sem tomar uma decisão” assemelha-se à situação do náufrago que, após o naufrágio, nada com todas as suas forças para salvar-se e, chegando às margens, morre antes de usufruir do seu esforço. Diagnóstico sem tomada de decisão é um curso de ação avaliativa que não se completou. Em síntese, avaliar é um ato pelo qual, através de uma disposição acolhedora, qualificamos alguma coisa (um objeto, ação ou pessoa), tendo em vista, de alguma forma, tomar uma decisão sobre ela. Quando atuamos junto a pessoas, a qualificação e a decisão necessitam ser dialogadas. O ato de avaliar não é um ato impositivo, mas sim um ato dialógico, amoroso e construtivo. Desse modo, a avaliação é um auxiliar de uma vida melhor, mais rica e mais plena, em qualquer de seus setores, desde que constate, qualifique e oriente possibilidades novas e, certamente, mais adequadas porque assentadas nos dados do presente. Por si, a avaliação é inclusiva e, por isso mesmo, democrática e amorosa. Por ela, por onde quer que se passe, não há exclusão, mas sim diagnóstico e construção. Não há submissão, mas sim liberdade. Não há medo, mas sim espontaneidade e busca. Não há chegada definitiva, mas sim travessia permanente em busca do melhor. Sempre!
Trecho extraído do original:
LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. Pátio, Porto Alegre, n. 12, p. 6-11, fev./abr. 2000.
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sábado, 16 de maio de 2009

Produção de texto


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Produção de Texto

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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Interpretação

Texto:
TEM UM CABELO NA MINHA TERRA

Debaixo de uma floresta muito antiga, dentro da terra, aninhada ao solo fértil próximo a superfície, vivia uma família de minhocas.
Certa noite, os três – o pai, a mãe e o filhinho – sentaram-se à mesa para fazer suas refeições de todos os dias: terra.
Estavam começando a comer quando ao Minhoquinho, de olhos arregalados para o prato a sua frente, cuspiu tudo o que tinha na boca e berrou: “TEM UM CABELO NA MINHA TERRA!TEM UM CABELO NA MINHA TERRA!”
E era verdade. Lá estava o cabelo, claro como o sol, para quem quisesse ver.
No começo o Minhoquinho ficou horrorizado, mas logo em seguida ficou simplesmente furioso.
“detesto ser minhoca!”, guinchava, e seu corpo minúsculo tremia inteiro. “Estamos embaixo de todo mundo! Somos o último escalão da cadeia alimentar! Comida de passarinho! Isca para pescaria! que vida é essa, me digam! Nunca saímos para nadar, para acampar para uma caminhada, nada! Que droga, só vamos para a superfície da terra quando a água da chuva inunda nossa casa e nos obriga a sair! A única coisa que a gente faz é se arrastar de um lado pra o outro nesta terra idiota. Ah, e além, do mais, eu já ia me esquecendo... Comemos terra! Terra no café da manhã, terra no almoço, terra no jantar! Terra, terra, terra! E agora, ainda por cima, vejam só! Aparece um cabelo na minha terra! O insulto final – não aguento mais! DETESTO SER MINHOCA!”

1) De acordo com o texto, responda:

A) Qual é o cenário da história? ______________________________________________________________________________

B) Quem são os personagens encontrados no texto? ______________________________________________________________________________

C) Por que o filhote de minhoca ficou tão chateado? ______________________________________________________________________________

D) Com suas palavras, diga do que mais ele se queixou. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

E) Em sua opinião, o Minhoquinho era feliz? Por quê? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) Retire do texto:

A) Uma palavra com acento agudo: ______________________________________________________________________________
B) Uma palavra com acento circunflexo: _____________________________________________________________________________
3) No ultimo parágrafo, existem 3 palavras proparoxítonas. Quais são elas? ________________________________________________________________________________

A) Circule a sílaba tônica e classifique seguindo o código:
( 0 ) Oxítona ( P ) Paroxítona ( PP ) Proparoxítona

a) ( ) borracha b) ( ) viver c) ( ) elétrico d ) ( ) calçada e) ( ) computador

4) Sublinhe o termo correto para cada frase:

a) Às vezes/ Às vezes tenho vontade de ficar dormindo até mais tarde.

b) Derepente / De repente ficamos paralisados de medo!

c) Ela fará o trabalho comcerteza/ com certeza.

d) Pedro foi em borá/ embora correndo.

e) Embaixo / em baixo da mesa tem muita sujeira.

f) Fiz tudo isso porcausa/ por causa de você.

g) Anteontem / ante ontem choveu.

h) O gato estava em cima / emcima do telhado.

i) Acho que ele fez tudo depropósito / de propósito.

j) A apresentação foi feita de improviso / deimproviso.

5) No parágrafo abaixo, há uma expressão escrita errada. Descubra-a, sublinhe e depois a escreva da forma correta:

“ A chuva caia lentamente. De repente, ouvi um barulho estranho... parecia algo batendo na janela. Comecei a ficar com medo... Devezenquando fechava os olhos pra ver se o medo passava.”

__________________________________________________________________________________ Enviar para o Twitter

Atividades de Matemática

TRABALHANDO MATEMÁTICA


As pirâmides do Egito

Além do alto nível de conhecimento matemático, os egípcios também tiveram grande desenvolvimento no ramo da arquitetura.
Uma das maiores demonstrações desse desenvolvimento são as Pirâmides do Egito, que foram construídas há aproximadamente 4500 anos. Elas eram utilizadas para sepultar reis, chamados faraós, junto com seus bens.
As pirâmides egípcias conhecidas são as de Quéops, com 146 metros de altura, a de Quéfren, com 143 metros, e a de Miquerinos com 65 metros.




1. Utilizando os símbolos egípcios, escreva a altura de cada pirâmide:
Quéops ________________ metros

Quéfren ________________ metros

Miquerinos ______________ metros

Agora, responda as questões a seguir:

a) Qual das três pirâmides é a mais alta?
__________________________________

b) Quantos metros de altura a Pirâmide mais alta tem a mais que a pirâmide mais baixa? ____________________________________

2) Transforme os símbolos romanos em símbolos indo-arábico:

a) O Rei Davi uniu os reinos de Israel e Judá, no ano MCL antes de Cristo. ____________

b) Os óculos foram inventados na Itália no ano MCCXC. ________________________.

c) O início do rockn’roll aconteceu o ano MCMLVI, com o cantor Elvis Presley. _____________________

d) Em MCMLXIX, o homem pisou na lua pela primeira vez. ______________


3) Responda:

a)Qual é o sucessor par de 2198? ________

b) Qual é o antecessor ímpar de 201? _____

c) Qual é o menor elemento de IN? _______ Enviar para o Twitter

Produção de Texto

Desenvolvendo a Criatividade

As coisas que cada um fala... precisam ser, além de verdadeiras, pensadas.
Imagine e escreva o que você faria se...

1) Dois amigos seus estivessem brigando.__________________________________ ______________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) Um velhinho lhe pedisse ajuda para atravessar a rua. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) Você magoasse um colega de turma sem motivo. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) Você estivesse sem vontade de ir à escola. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) De repente, você tropeçassem e seus colegas rissem do tropeção. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6) Você negasse a sua mãe um favor, por preguiça. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7) No meio do banho, a água acabasse. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Enviar para o Twitter